Trabalhos do IP na utilização de subprodutos do pescado podem tornar o alimento mais presente no prato dos brasileiros

01. Erradicação da pobreza
02. Fome zero e agricultura sustentável
03. Saúde e bem-estar
04. Educação de qualidade
05. Igualdade de gênero
06. Água limpa e saneamento
07. Energia limpa e acessível
08. Trabalho de decente e crescimento econômico
09. Inovação infraestrutura
10. Redução das desigualdades
11. Cidades e comunidades sustentáveis
12. Consumo e produção responsáveis
13. Ação contra a mudança global do clima
14. Vida na água
15. Vida terrestre
16. Paz, justiça e instituições eficazes
17. Parcerias e meios de implementação
Ações unem tecnologia e impacto social buscando promover a segurança alimentar

O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, trabalha para trazer o pescado para mais próximo da mesa da população paulista. Entre as ações, o desenvolvimento de novas tecnologias propicia melhor aproveitamento dos organismos aquáticos e colabora para tornar seu consumo mais acessível. Em outra frente, a atuação junto a tomadores de decisão busca aproximar o alimento de grupos prioritários, como as crianças e jovens em idade escolar, contribuindo na promoção da segurança alimentar e nutricional.

Apesar de bastante valorizado quando se fala em hábitos saudáveis de alimentação, o pescado ainda fica atrás de outras opções de carne, como a bovina e a de frango, na escolha dos consumidores de boa parte do território paulista. Para melhorar esse cenário, pesquisas realizadas pelo IP buscam trazer mais facilidade de consumo e contribuir com o acesso a esse tipo de alimento.

Um exemplo são os trabalhos com Carne Mecanicamente Separada (CMS), que possibilitam maior aproveitamento do alimento. “A tecnologia de CMS de pescado apresenta o perfil para ser disruptiva, pois poderá melhorar a performance de produtos já estabelecidos, introduzindo outros com novas características, atendendo demandas por produtos saudáveis, práticos, de menor custo, isentos de espinhas e ossos, além de proporcionar o consumo de alimento seguro e de qualidade”, diz a diretora-geral do IP, Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva, que é também pesquisadora do Instituto.

De acordo com a especialista, o uso de CMS tem permitido o desenvolvimento de novos produtos e aprimorado os já existentes, aliando combate ao desperdício, nutrição, versatilidade e apresentações diversas, para todos os gostos.

Inserção na alimentação escolar

Em outra frente de atuação, o Instituto trabalha em campanhas junto a entidades e órgãos públicos no intuito de trazer o pescado para a alimentação escolar. Diante a importância do consumo de pescado para a promoção da saúde e no combate à fome e à má nutrição, o IP realizou, em 2021, o V Workshop sobre Inclusão do Pescado na Alimentação Escolar (AE), que debateu as “Alianças e Estratégias para a Inclusão do Pescado na AE”. O workshop foi realizado por meio da Unidade Laboratorial de Referência em Tecnologia do Pescado (ULRTP) em parceria com a Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro).

O evento buscou estimular a reflexão e o diálogo sobre como promover o acesso de produtores e da indústria a este importante mercado institucional e esclarecer as possibilidades de compra pública por parte das secretarias de educação e os tipos de produtos de pescado mais adequados ao público escolar. Foi realizada também uma Reunião Técnica para debater os principais desafios e apontar alternativas e possibilidades de ação para que este alimento esteja efetivamente presente no cardápio escolar. Com base nos debates ocorridos durante o Workshop e na Reunião Técnica, foi discutido um Plano de Ação, visando colaborar na efetivação de políticas públicas.

“O Instituto de Pesca sempre nos deu muito apoio em tudo que precisamos, o que começou na área de nutrição animal. Possuímos uma unidade experimental em Santa Fé do Sul e temos apoio de pesquisadores para testar mudanças de fórmulas, novos produtos (como probióticos e prebióticos) e nutrientes que tragam melhorias à performance, seja em relação à conversão alimentar e ganho de peso ou sanitárias. Além disso, estivemos presentes nos cursos relacionados ao processamento e CMS, onde inclusive fizemos doação de material para as atividades. Participamos também do workshop sobre inclusão de pescado na alimentação escolar. Esse é um assunto em que precisamos unir forças, tanto a parte privada quanto os órgãos governamentais, para que possamos fazer com que as pessoas competentes consigam entender as dificuldades no setor: por que não se come tanto pescado na merenda escolar, como deveríamos? É uma proteína saudável, que hoje conseguimos viabilizar sem risco de espinhas, que as crianças gostam. Foi um pontapé importante o Instituto ter conseguido reunir com esse propósito grandes players do mercado, tanto da parte de produção e de industrialização quanto da parte governamental.”

Ramon Amaral, da empresa Brazilian Fish.

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