Institutos da APTA se mobilizaram no enfrentamento à Covid-19

01. Erradicação da pobreza
02. Fome zero e agricultura sustentável
03. Saúde e bem-estar
04. Educação de qualidade
05. Igualdade de gênero
06. Água limpa e saneamento
07. Energia limpa e acessível
08. Trabalho de decente e crescimento econômico
09. Inovação infraestrutura
10. Redução das desigualdades
11. Cidades e comunidades sustentáveis
12. Consumo e produção responsáveis
13. Ação contra a mudança global do clima
14. Vida na água
15. Vida terrestre
16. Paz, justiça e instituições eficazes
17. Parcerias e meios de implementação
Ações foram voltadas ao monitoramento do setor dos agronegócios e ao diagnóstico da doença em policiais e militares da aeronáutica

A pandemia de Covid-19 mobilizou toda a comunidade científica mundial e no caso da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, não seria diferente. Apesar de os Institutos de pesquisa da APTA não serem diretamente ligados à área da saúde, pesquisadores e técnicos se engajaram para levantar dados e analisar os impactos econômicos da crise sanitária no setor dos agronegócios, além de realizar diagnósticos do tipo RT-qPCR, considerado padrão-ouro pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em policiais e militares da aeronáutica.

O Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) teve papel fundamental no monitoramento do setor dos agronegócios e criou em abril de 2020 a Série Covid-19 – Revista Análise e Indicadores do Agronegócio (AIA), com análises socioeconômicas e dos desdobramentos da pandemia na produção e comercialização agropecuária. A série mobilizou 33 pesquisadores do IEA e de outros Institutos e unidades regionais da APTA.

Ao todo, foram produzidos 20 artigos com levantamentos específicos relacionados à pandemia, com análises do setor de pesca e aquicultura, comercialização de hortifrutigranjeiros, borracha natural, carne, frutas, cana-de-açúcar, leite e derivados. Também foram feitas análises referentes a comercialização, exportação e impactos nos trabalhadores do campo. Ao todo, os artigos tiveram 21 mil visualizações, aproximadamente.

“Criamos um grupo de trabalho de pesquisadores do IEA e demais Institutos e unidades regionais da APTA. A ideia era se integrar e trabalhar em conjunto para verificar o impacto regional da pandemia. Criamos grupos de trabalho focados, principalmente, em análises de mercado e da agricultura familiar. Além de disponibilizar as informações no site do IEA, os artigos foram muito importantes para o Comitê de Monitoramento criado pela Secretaria de Agricultura, para ajudar na formulação de políticas públicas para o setor durante esse período”, afirma Marli Mascarenhas, pesquisadora do IEA e coordenadora dos trabalhos.

Segundo Ana Victória Vieira Martins Monteiro, editora da revista técnico-científica AIA, à medida que os artigos eram finalizados, passavam por comitê científico e eram disponibilizados de forma contínua na publicação online. “Nos organizamos muito rapidamente para levar as informações para todos”, diz.

O IEA também se mobilizou para auxiliar a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) na tabulação e análises das informações coletadas com produtores rurais paulistas relacionadas à gestão das propriedades rurais em São Paulo.

IB realizou diagnóstico de Covid-19 em policiais e militares da Aeronáutica

Pesquisadores e técnicos do Instituto Biológico (IB-APTA) também se mobilizaram para auxiliar na pandemia de Covid-19, realizando um importante trabalho para quebrar a transmissão da doença: a realização de diagnósticos do tipo RT-qPCR, considerados padrão-ouro pela OMS. Por meio de termos de cooperação, assinados entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a Aeronáutica, o IB realizou 23.292 diagnósticos de Covid-19 entre 2020 e 2021, sendo respectivamente, 19.734 para a Polícia Militar e 2.843 para a Aeronáutica.

As análises começaram a ser feitas no Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB, localizado na Capital paulista, em julho de 2020, época em que ainda necessitavam de laboratórios para atender a demanda diagnóstica. A equipe do Covid-19 contou com a participação de pesquisadores e técnicos do IB, Instituto de Botânica e profissionais autônomos, totalizando dez voluntários.

“O Laboratório de Viroses de Bovídeos tem estrutura e é equipado para realizar diagnósticos de doenças virais importantes para a cadeia produtiva animal. Essa estrutura, considerada de Biossegurança Nível 3 (NB3), permite o processamento de amostras de Covid-19 em um ambiente controlado, em que minimiza o risco de escape viral”, conta Líria Okuda, pesquisadora do IB e responsável pelo Laboratório inaugurado em 2016. O laboratório NB3 e que é o único na esfera estadual e um dos poucos do país na área animal a ter esse nível de biossegurança, capaz de atender doenças animais de risco 3 e eventuais emergências sanitárias.

Fundamental para o apoio e a execução dos programas sanitários brasileiros, o laboratório do IB contribui para as certificações sanitárias de comércio nacional e internacional. “Mesmo durante esse período em que contribuímos para o diagnóstico da Covid-19, continuamos com nossas atividades voltadas para a cadeia produtiva animal, realizando 68 mil análises entre 2020 e 2021”, afirma Liria.

Dentre os exames destaca-se o diagnóstico sorológico de febre aftosa, com mais de 20 mil amostras de bovinos, caprinos e ovinos para atender o trânsito interestadual e protocolos sanitários de exportação de material genético, além de cerca de seis mil soros suínos e bovinos para estomatite vesicular. “O Laboratório vem colaborando ativamente na vigilância passiva junto ao Programa Nacional de Erradicação de Febre aftosa no país. Em relação à exportação de material genético certificou mais de 20 mil partidas de sêmen bovino destinadas para países como Argentina, Paraguai, Venezuela, Republica Dominicana, Porto Rico, Costa Rica, Colômbia e Índia, reforçando a qualidade genética dos rebanhos brasileiros para atender o mercado exterior”, conta a pesquisadora.

Luciano Bottura

“Com a pandemia da Covid-19 foi imperativo disponibilizar ao Corpo de Oficiais Médicos da Polícia Militar do Estado de São, no rol de exames laboratoriais, o exame de RT-PCR para o diagnóstico de SARS-CoV-2 nos policiais militares atendidos na instituição. Pela necessidade de ambiente laboratorial com biossegurança nível 3, o Laboratório de Viroses Bovídeos do Instituto Biológico de São Paulo, numa parceria inédita com a PMESP, adequou-se suas instalações e atendeu a nossa demanda de abril de 2020 a dezembro de 2021. Essa prestação de serviço do Instituto Biológico sobre a coordenação da expert em virologia, Liria Hiromi Okuda, e sua equipe de profissionais com a mais alta competência, permitiu o diagnóstico da SARS-CoV-2 de policiais militares acometidos e a condução clínica com isolamento e tratamento adequados, proporcionado o menor absenteísmo possível e minimizando o impacto no policiamento.”

Luciano Bottura, Capitão Médico da PM.

“O Instituto Biológico (IB-APTA) foi fundamental para que conseguíssemos manter a regularidade e a qualidade do diagnóstico da Covid-19 em nossos pacientes, possibilitando ao nosso corpo clínico uma maior agilidade e assertividade no combate à pandemia provocada pelo SARS-CoV-2. O Instituto realizou nossos exames de RT-PCR com eficácia e pontualidade, desde outubro de 2020, e o seu apoio foi decisivo para que pudéssemos suplantar os óbices impostos por esta doença e continuar cumprindo nossa missão com a mesma excelência de sempre.”

Alexandre de Araújo Melo, Coronel Médico e Diretor Interino do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP).

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