R$ 49,7 milhões foram investidos no IAC, IB, Ital e IZ
Para que avanços científicos e inovação ocorram é necessário o combo infraestrutura de ponta, pessoal altamente qualificado e interação entre grupos de pesquisa de diferentes instituições e países atuando em conjunto. Para reforçar esses pilares, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) lançou em 2017 edital de apoio à modernização de institutos estaduais de pesquisa e quatro Institutos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, foram contemplados com recursos de R$ 49,7 milhões.
Por meio de um Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa (PDIP), os 20 Institutos ligados ao Governo do Estado de São Paulo submeteram propostas de até R$ 20 milhões cada para ampliar a capacidade científica e tecnológica, conseguindo assim, atender melhor às demandas da sociedade. Ao todo, a FAPESP investiu R$ 120 milhões para atender as propostas selecionadas.
O Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e Instituto de Zootecnia (IZ) tiveram propostas aprovadas, e desde então, receberam recursos para modernizar suas infraestruturas laboratoriais, com a compra de equipamentos de ponta, e contratação bolsistas de mestrado e pós-doutorado e jovens pesquisadores para reforçar os times de pesquisa.
“Nesse edital, a FAPESP queria de fizéssemos um plano que mostrasse o que precisaria para que nossos Institutos estivessem preparados para continuarem a ajudar o Estado e à sociedade nos próximos dez anos. No ITAL, esses recursos foram muito importantes para a modernização da nossa infraestrutura de laboratórios e plantas-piloto, trazendo equipamentos que colocaram nossos estudos em outro patamar de competitividade. Também pudemos contratar oito bolsistas de pós-doutorado, profissionais altamente qualificados, que têm ajudado a realizar novas pesquisas, a trazer ideias e nova visão para nossos trabalhos”, afirma Eloísa Garcia, diretora geral do ITAL.
Outro ponto importante, listado por Eloísa, é a possibilidade de pesquisadores dos Institutos e dos bolsistas atuantes no projeto passarem um período no exterior. “Isso é muito importante para nossos cientistas terem contato com outros grupos de pesquisa e instituições e é algo cada vez mais demandado pela FAPESP. Por conta da pandemia de Covid-19, essa ida dos profissionais para o exterior foi prejudicada, mas esperamos que nesse ano seja possível que os profissionais consigam viajar”, explica.
O edital previa que os recursos seriam disponibilizados pela FAPESP até 2021, porém, esse prazo foi estendido para até março de 2023. Devido ao sucesso da iniciativa dentro dos Institutos de pesquisa da APTA, a FAPESP ofereceu para IAC, IB, ITAL e IZ a possibilidade de disponibilizar um complemento de recurso de 10% do valor aprovado. “Estamos fazendo um novo plano de trabalho para que a FAPESP avalie e, esperamos, que aprove esse novo aporte, que será muito interessante para fazermos mais investimentos”, afirma.
Casa preparada para receber novos recursos
De acordo com a diretora do ITAL, os recursos conquistados foram fundamentais para preparar o Instituto para receber novos investimentos por meio de editais lançados pela FAPESP em 2019 e 2021, que preveem a reunião de diversos agentes para inovar e, a partir da pesquisa aplicada, resolver problemas paulistas.
“Em 2019, a FAPESP lançou o edital Ciência para o Desenvolvimento, com o objetivo de os Institutos executarem projetos em conjunto com Universidades, cooperativas, associações e empresas privadas do Brasil e do exterior. Fomos contemplados com essa primeira proposta, assim como o IAC e Instituto de Pesca. Com certeza, os recursos investidos pelo Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa foram fundamentais para essa conquista”, afirma Eloísa.
Conheça cada uma das propostas aprovadas pelo PDIP nos Institutos da APTA
IAC: R$ 13,250 milhões investidos para aprimorar as condições de pesquisa e o desenvolvimento de produtos e processos direcionados às cadeias agrícolas, com impactos na geração de ciência e pacotes tecnológicos para o setor de produção.
IB: R$ 11,731 milhões para as áreas de genômica aplicada às sanidades animal, vegetal e proteção ambiental; inovação tecnológica e controle biológico.
ITAL: R$ 13,164 milhões destinados a segurança e saudabilidade de alimentos e inovação em produtos e processos para indústria de alimentos e desenvolvimento de ingredientes.
IZ: R$ 11,665 milhões para pesquisas em produção sustentável de carne e leite e sistemas integrados de produção agropecuária.