Tecnologia da APTA Regional de Colina possibilita produção de novilhas em tempo 40% mais rápido

01. Erradicação da pobreza
02. Fome zero e agricultura sustentável
03. Saúde e bem-estar
04. Educação de qualidade
05. Igualdade de gênero
06. Água limpa e saneamento
07. Energia limpa e acessível
08. Trabalho de decente e crescimento econômico
09. Inovação infraestrutura
10. Redução das desigualdades
11. Cidades e comunidades sustentáveis
12. Consumo e produção responsáveis
13. Ação contra a mudança global do clima
14. Vida na água
15. Vida terrestre
16. Paz, justiça e instituições eficazes
17. Parcerias e meios de implementação
Objetivo é que as fêmeas estejam prontas para emprenhar em 14-15 meses, quando o normal no Brasil são 24 meses

Pesquisadores da APTA Regional de Colina, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, trabalham no desenvolvimento de um sistema de produção em que as bezerras desmamadas aos 7/8 meses com 170 kg atinjam 300 kg aos 14/15 meses de idade, momento que estariam prontas para ficarem prenhas – tempo 40% mais rápido do que a média alcançada pelos produtores brasileiros, que conseguem emprenhar as novilhas aos 24 meses. De acordo com os pesquisadores, o ciclo de produção mais rápido reduz os custos da criação dos animais nas fazendas.

A produção precoce é alcançada com a utilização estratégica de suplementação na alimentação dos animais, logo após o desmame. Ao todo, estão em teste três tipos de tratamento: o confinamento dos animais, denominado confinamento de recria, e dois níveis de suplementação diferentes.

“Sabemos que o sistema é vantajoso, mas ainda é necessário finalizar os testes e também realizar o estudo econômico. Uma propriedade instalada em São Paulo terá custo de produção diferente do que uma propriedade em Rondônia. Tudo isso precisa ser avaliado também pelo produtor”, explica Flavio Dutra de Resende, pesquisador da APTA Regional de Colina.

Resende afirma que o papel dos pesquisadores envolvidos no projeto é fazer o pecuarista ganhar dinheiro. “Se ele trabalhar com a máxima eficiência na nutrição, conseguirá produzir um animal jovem, apto em entrar em reprodução precocemente e, aquelas novilhas que não emprenharem, ao serem abatidas pesadas e bem acabadas, alcançarão melhor remuneração por isso”, diz.

O pesquisador da APTA Regional explica que com a valorização dos bezerros desmamados, a antecipação da idade reprodutiva vem crescendo no Brasil e fazendas que realizam planejamento produtivo já adotam ou começam a adotar esse tipo de tecnologia, pois ganha-se um ano na vida produtiva da matriz. “A produção precoce vem se tornando realidade nas mais diferentes regiões do Brasil, de Norte a Sul”, afirma.

Fêmeas precoces para o mercado gourmet

As fêmeas que apesar de atingir o peso necessário não conseguirem emprenhar também podem ser usadas para aumentar os lucros dos produtores. A APTA desenvolve trabalho para engorda desses animais para um abate precoce, favorecendo a venda da carne no mercado gourmet.

Produção precoce é alcançada com a utilização estratégica de suplementação na alimentação dos animais, logo após o desmame

Segundo Resende, as fêmeas têm mais facilidade para deposição de gordura, uma característica importante para esse nicho de mercado. “Por terem essa facilidade, podemos engordar com suplementação as fêmeas que não emprenharam, abatendo esses animais também jovens, com 19 meses. Enquanto a picanha de um boi de 23 arrobas ultrapassa 2 kg, essa novilha dá uma peça de 900 g a 1,1 kg, que é um tamanho de corte adequado, com nível de acabamento diferenciado. É a carne que o brasileiro mais gosta de comprar”, afirma.

Fabiano Tito Rosa

“Os frigoríficos têm dado cada vez mais atenção às novilhas, pois, desde que bem manejadas, entregam uma carcaça de excelente qualidade. Destinam-se, assim, ao atendimento dos mercados mais exigentes e, principalmente, às linhas premium. Portanto, maximizar o aproveitamento dessas fêmeas, com procedimentos e tecnologias que permitam com que cheguem ao mercado cada vez mais cedo, mais pesadas e mais bem terminadas, é essencial.”

Fabiano Tito Rosa, diretor de Originação e Eficiência Operacional na Minerva Foods.

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